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Frase do mês

"Somente no dia que o homem matar a última árvore e poluir o último rio, é que ele perceberá que não se vive apenas com dinheiro."

Provérbio Indígena.

4 de dez. de 2017

Ame chuvas!

Foto: Fotógrafo desconhecido. 

Uma das melhores sensações do mundo, com certeza é tomar um banho de chuva. Dizem - certas pessoas supersticiosas - que a chuva é um remédio para a alma. As pessoas fogem dela porque não acreditam precisar, mas não se dão conta que chuva é um banho para o caráter. 

Dias atrás, estavam amando as chuvas nas noites e nas manhãs. Hoje, já não aguentam mais as tempestades fora de hora. Daí eu pergunto: caberia apenas à nós julgar quando a chuva é boa? Muitas nascentes e florestas, neste exato momento, estão agradecendo por terem sido batizadas pelas chuvas. Tão alegremente que preferem inundar-se de água do que clamar pela sua ausência. E isso também deveria ser de nosso sentimento. 

As chuvas causam esperança para um mundo mais puro e natural. Elas abastecem as bacias, nutrem nossa plantação, regam nossos verdes e purificam nossa paz. Sim, porque as chuvas sempre causam na gente uma sensação de conforto. Não tem ninguém que nunca agradeceu por estar chovendo. Sempre entendemos que os nossos maiores prazeres da vida estão ligados ao dinheiro, às férias e ao descanso. Mas nunca nos dermos conta que um dos prazeres é ter a chance e a oportunidade de viver as coisas que acontecem naturalmente. Ver o arco-íris, tomar banho de chuva (sabendo que pode se secar depois), deitar na grama e ver as estrelas, dentre outras coisas. 

Fim de ano próximo, seja cada dia mais valente: não fuja das chuvas! Elas molham sua pele para abençoá-la. Te deixam todo(a) desarrumado(a), mas te dão a sensação de limpeza e paz. Vamos agradecer por ela ainda cair do céu. Por ela ainda nos abençoar com sua existência. 

Que pessoas tristes seríamos sem chuvas. 

Escrito por Brenda Suelen. 

14 de set. de 2017

Quem queimou o cérebro?

Foto: retirada do site "Jornal O Tempo"- Alex de Jesus

Depois de postar no blog a matéria referente às queimas regionais (aquelas que ocorrem dentro dos bairros, nas áreas mais afastadas, nas ocupações interioranas e qualquer lugar sem fiscalização) a notícia da queima no parque Serra do Rola Moça chegou como sinônimo. Já não bastava nós ativistas preocuparmos com o desmatamento irregular das pessoas que menosprezam o meio ambiente, veio à tona o recurso mais sólido para deixar todo mundo intrigado: a notícia

É impressionante como as notícias chegam até o cidadão de forma vazia, sem sentimento e sem detalhes. Quando eu li sobre a queima na Serra do Rola Moça fiquei totalmente atordoada com as coisas que vieram na minha cabeça, tal como surgem quando volto de Mário Campos para Belo Horizonte: o fato de que as queimas surgem por motivos indetectáveis. Quem é o culpado?

As queimas que presencio, geralmente, são ocasionadas pelas mãos das pessoas, porém, algumas vezes, um cigarro pode iniciar uma grande queima. Daí, pelas mãos do homem "indiretamente".

Quando presencio essas situações, a primeira coisa que penso em fazer é achar o culpado. E isso é uma forma mundial, da nossa natureza e principalmente do instinto dos ativistas. Mas quando é difícil de encontrar alguém para culpar, como ficar revoltado com algo que não pôde ser impedido?

Esses dias escutei pelas ruas da cidade o infeliz comentário: "Odeio esse povo que queima o mato em dia de calor. Ninguém merece! Aumenta a temperatura e a gente morre de calor..." - Disse a autora desconhecida. Mas então eu pergunto: A queima é ruim apenas pela sua essência? Apenas por ser quente? Apenas por produzir fumaça e atrapalhar suas vistas? Por que as queimas são ruins?

As respostas são mais do que óbvias. E as pessoas deveriam entender que as queimas possuem um caráter mais agressivo do que aparenta ter. Elas destroem o espaço, matam animais, causam danos ao solo e afetam o clima. De modo geral, não são bem vindas nem por motivos necessários. Aliás, existem motivos necessários? Me pergunto isso todo dia. Tem gente que acha que queimar pneu, papel, mato ou qualquer outra coisa é necessário.

Como ativista, aqui vai uma dica: quando ver uma queimada próximo à sua casa, procure se informar quem foi o causador dela. Converse abertamente com a pessoa e procure saber quais os motivos levaram ela a provocar uma queimada. Explique os riscos e danos que as queimadas podem ocasionar nas pessoas, no espaço e no meio ambiente e ainda termine com a seguinte frase: "Ter consciência ambiental não é só para gente especializada. É de competência social". E deixe que as chamas do cérebro queimem-o.


Escrito por Brenda Suelen






4 de set. de 2017

Exploração Mineral: Salve a Amazônia!

Foto: Retirada do site Amazônia Real. 


Até semana passada o meu sono era perturbado pelos medos relacionados à degradação do meio ambiente. Mas começando do básico, o medo era por pensar que, em qualquer lugar, existe desmatamento, exploração e maus tratos. Quando, esta semana, a noticia mais impactante chegou aos meus ouvidos da maneira mais rude e recheada possível: Temer anuncia que reserva da Amazônia será liberada para mineração

Sabemos que o papel do ativista ambiental no Brasil, de fato, nunca foi muito aceito. Nós costumamos a lidar com pessoas tão medíocres - seja no comportamento ou em seus pensamentos - que quando notícias como essas chegam aos brasileiros e geram revolta mundial, dá até uma mínima raiva, afinal, o país sofre por vários tipos de exploração, caça, contrabando e desmatamentos ilegais. Ora, não era para o Brasil (como um todo) ser diariamente afetado pelos comportamentos exploradores de diversos empresários e garimpeiros que, em busca de lucro, menosprezam a legislação ambiental e atacam o nosso acervo? Não era para sermos mais sensíveis com o meio ambiente e gerar revoltas a cada notícia? 

É evidente que a posição dos especialistas, dos ativistas, dos brasileiros e minha é completamente oposta à essa decisão do atual presidente da república. Não há ponto positivo nesse anúncio, nem mesmo pela situação econômica que vivemos nos dias de hoje. Com a exploração mineral na Amazônia, disseram (no passado e no presente) que a revegetação seria realizada durante a mesma, e isso, óbviamente, não enganou os representantes do meio ambiente. 

Ainda que tal decisão tenha sido impedida temporariamente, não nos cabe excluir que há futuras possibilidades de desmatamento e exploração da Amazônia por necessidades de próximas gerações, já que ela é a nossa "fonte" dos recursos naturais.  Porém, devemos sempre lembrar que, durante as eleições, o meio ambiente nunca é discutido em público, nos encontros com os candidatos ou nas palestras de campanha. Somos fruto de decisões administrativas, frutos de leis e de decretos que, desde que nos entendemos por gente, tem surgido efeitos sobre as nossas vidas. O fato de termos hoje um presidente que quer obter fins com a nossa floresta é um exemplo nítido - tanto das nossas escolhas, quanto das decisões feitas por quem está no poder - de impactos que o governo (Administração Pública Direta) faz à nós.

Como ativista ambiental devo me opor com unhas e dentes os projetos de leis, os decretos, as emendas ou qualquer outro regimento que venha degradar, explorar, desmatar ou invadir o meio ambiente e defender os mesmos que atuam em prol dele. Michel Temer talvez não tenha percebido que a Floresta Amazônica é uma relíquia natural diante das queimadas e desmatamentos regionais (anteriormente citados aqui no blog) que existem nos 4 cantos do Brasil. Poderíamos ficar quietos diante dessa situação ameaçadora?

Onde há petróleo, ouro, minério e quaisquer outros recursos nos quais o brasileiro necessita para desenvolver suas atividades, o poder quer tomar posse para gerar renda e moeda para o país. É fato! Não se discute porque ninguém discorda. Que os deuses do mar, das árvores, dos animais e das plantas protejam a nossa Amazônia.

#LutePorAmazônia #ForaTemer.


Escrito por Brenda Suelen.





11 de ago. de 2017

Carta ao Ipê Amarelo

Imagem: fotógrafo deconhecido

"Se me disserem que querem arrancar suas folhas e levarem para casa para fazer chá, eu acredito. 
Se me disserem que querem arrancar-te da raiz para replantar em casa, eu também acredito. 
Seu amarelo é tão indecente que arrepia os pelos dos mais finos braços. O mais engraçado é o seu jeito de florescer. Seu jeito de chamar a atenção. Seja rosa, seja branco. Você é daquelas que quando quer decorar as avenidas, consegue fazer do melhor jeito possível. 

Ainda que seja para decorar um mato vazio, sem almas ao redor e sem verde fulminante, você paira sobre a luz do sol como uma dama com uma taça de Chardonnay. Paira sobre a luz do sol como uma lagoa rasa. Paira sobre a luz do sol como uma criança correndo no campo de areia. Paira sobre a luz do sol...

Se me disserem que querem cortar seu tronco covardemente e dormirem abraçados com ele, eu acredito. 
Se me disserem que querem dormir debaixo da tua mínima sombra, eu também acredito. 
Se me disserem que querem abrir os olhos e ver você aos quatro cantos de onde olham, eu acredito mais ainda. 

Mas ainda que queiram te levar para dentro dos lares, você sempre será mais admirável em meio às outras árvores. Destacando-se com cores vivas, com cores quentes e com aromas suaves. 

Te amo, Ipê!"






4 de ago. de 2017

Earth Song: Hino de apelo.


Foto: Gravação do clipe "Earth Song" do astro rei do pop Michael Jackson. 

Em 1995, o astro (rei) do pop Michael Jackson, ao lançar seu álbum History, lançou o video clipe da música "Earth Song", em português, "Canção da Terra". O artista sempre foi mundialmente conhecido pelos seus clipes, canções, produções, composições etc; e o video clipe que deixavam os fãs cada vez mais alucinados eram os clipes em que Michael abordava as situações miseráveis das pessoas da África, dos maus tratos e caças aos animais e todas as situações das crianças pobres do mundo, principalmente as doentes e as orfãs. 

Michael chama a atenção dos espectadores em Earth Song para o impacto humano que tem apenas degradado o meio ambiente. O video clipe ganhou o Prêmio Gênesis e virou comercial de TV para alertar sobre os riscos ambientais que o ser humano tem provocado. O artista sempre foi militante pelos animais e um exemplo claro disso foi a sua "Terra do Nunca", o rancho Neverland. Lá tinha várias espécies de plantas e animais sendo criados de forma livre, como um habitat natural. 

É notável o empenho de algumas personalidades da fama para o meio ambiente. Em 2014, por exemplo, foi divulgado um vídeo no YouTube dos atores brasileiros defendendo a adoção de animais sem raça definida, os famosos "vira-latas", por meio da campanha "Somos Todos Vira-Latas", em parceria com a Ampara Animal. Existe também a parceria de artistas com o canal "Conservação Internacional" (já citado aqui no blog) onde os mesmos narram fatos como personagens da natureza alertando as pessoas quais necessidades o meio ambiente têm e quais atitudes ele pode tomar com o desleixo da humanidade. 

Vale destacar dentre os trechos da canção o apelo de Michael, com todo o seu sentimento pela natureza, quando ele diz: "E quanto aos mares? O céu está caindo. Eu não consigo nem respirar. E quanto o valor da natureza? É o ventre do nosso planeta. E quanto aos mares? E quanto ao choro das baleias?..." dentre outras citações de apelo. A Canção repercutiu o mundo e hoje é a canção mais conhecida entre os ativistas ambientais norte-americanos como um "hino de apelo" (Anthem of appel) do meio ambiente e dos ativistas. 

Vale a pena assistir e também vale a pena se emocionar. 
Veja o vídeo clipe em: https://goo.gl/g8bttE

Escrito por Brenda Suelen. 


21 de jul. de 2017

Já abraçou sua árvore hoje?

Foto: retirada do site "Áreas verdes das cidades". 

O apego às árvores pode ocorrer com qualquer pessoa, qualquer momento. O amor e o afeto ao verde pode fazer com que a rotina seja bem diferente, ainda que seja sempre o mesmo caminho. No meu caso, por exemplo, trabalhar dentro do Parque Municipal Américo Renné Gianneti é uma dádiva concedida por Deus. Ver diversos tipos de plantas, árvores e todo aquele acervo ambiental bem ali esperando para ser admirado. E ainda por cima, bastante gatos sendo criados em meio ao verde. 

Dentre as árvores, a mais comum dentre elas é o Jatobá. E eu sou apaixonada por aqueles troncos longos e declinados, que fazem total sentido dentro da cidade. Parece que o sentimento da árvore é de abandono, de desprezo. Não que as pessoas tenham que se curvar diante delas, mas deveriam ao menos zelar por elas.

Todo esse cuidado é uma forma de demonstrar amor e carinho à natureza, o que muitos acreditam ter.
Há quem acredite, e afirme, que o contato do homem com a natureza purifica sua alma, amplia seus instintos naturais e expande sua mente e imaginação. Outros afirmam que o contato com a natureza limita a evolução intelectual do homem e o faz retroagir em uma cadeia de comportamentos rústicos e medievais. Seria tolice ou seria verdade?

O fato é que quando uma pessoa se comunica com a natureza, seja de forma direta - "Oi, querida árvore, você está linda como sempre..." - ou indireta - deitar sobre a grama, regar as flores, podar as árvores, plantar etc; pode estar fazendo com que o seu interior seja mais convergente com as vibrações da vida e da sua própria natureza. Se é fácil sentir ou não, fica aí o questionamento para se descobrir.

Mas que um contato com os animais, as plantas, rios, chachoeiras etc; fazem um bem para o espírito humano, não restam dúvidas! E você, já abraçou sua árvore hoje?


Escrito por Brenda Suelen 

6 de jun. de 2017

À paisagem do "Pontilhão" no Funil



Foto: Mário Faccion - via Facebook. 

Mário Campos é uma cidade tão pequena que parece passar despercebida entre Sarzedo e Ibirité. Aliás, em três ou quatro esquinas já se sente perdido diante verdes e árvores que marcam o chão. Ali, bem na entradinha de Brumadinho, tem uma ponte. Ponte grande, ponte extensa, pontilhão (foto). Dá medo só de olhar imagine quando você anda sobre ela. Ela treme e balança para os lados, mas os cabos de aço provam que podem te aguentar. Essa sensação eu senti no dia 03 de junho, quando estava acompanhada do meu parceiro, andando pelas trilhas de minério socado por volta das treze horas do 'sabadão'. Era meu último fim de semana de férias e as maravilhas do local foram reservadas para meu doce ver, com direito a molhar pés, braços e rosto com aquela água "limpa-suja". 

A sensação de olhar o grande rio Paraopeba foi melhor do que molhar meus pés nele, o que também foi magnífico. Pedras cor grafite e barro entre elas fez os nossos olhos reluzirem diante tamanha perfeição da natureza. Ali, bairro "Funil", rota de caminhoneiros que transportam minério para cima e para baixo, têm um aroma gostoso de água com correnteza e cheiro de asas de pássaro. Não vi jacaré, não vi cobra, nem vi animal algum. Digo, animal feroz! Ali tem peixinho, tem pássaro preto e branco e um barulho atentador de água com pressa.

Um pouco mais para trás, indo para o centro de Mário Campos, tem espaço para descer à margem do "Paraopeba River" - como o Instagram o localiza - e de lá ver a trilha do trem que leva o minério. Você sente cheiro de amor mas de tristeza, porque ali tem traços de escritas urbanísticas e descaso com o ambiente. No fim das contas, é verde, é natural e ecológico. É um retrato da natureza beirando algumas estradas vazias. Bem naquele ponto, no funil, a entrada é calada. Quem passa rápido nem vê. Mas quem conhece as belezas de onde vive, acorda cedo, toma café e leva um dia (quase inteiro) para admirar aquela paisagem. 

Pense em um amor novo... 
Amor que te faz perder medo e o chão,
Um amor que transmite coragem e admiração...
Amor alto e verde chamado "pontilhão". 




Dedico esta publicação à Mário Faccion, meu companheiro, que me presenteou com uma visita ao rio Paraopeba no Funil. (Maio/2017)



30 de mai. de 2017

Projeto Veredas de Plástico: Iniciativa Sustentável

Foto: Reynaldo Britto e equipe Greenpeace de Araguari-MG 


Pense em um grupo de ativistas que se preocupa com o meio ambiente de todas as formas...


Este grupo (foto) é composto por engenheiro ambiental, educadora, publicitária e estudantes. A preocupação com meio ambiente, desta vez, foi para outro ângulo, preocupando-se também com a taxa de desemprego nas regiões nordeste e noroeste de Minas Gerais. Regiões como Araguari, Uberlândia e Ituiutaba necessitam de atenção específica, o que levou o grupo de ambientalistas a iniciarem o projeto "Veredas de Plástico" que consiste na confecção de vassouras com material reciclável (Pet), a fim de evitar o descarte de forma cumulativa e gerando assim espaço para a criação e venda em diversas cidades.

A iniciativa contribuiu para o desenvolvimento de crianças das redes municipais e com a ocupação de várias famílias, gerando emprego e lucros para eliminar a margem da pobreza.

De acordo com o iniciador do projeto, Reynaldo Britto, o projeto surgiu quando encontrou um engenheiro químico, formado na Universidade Federal de Uberlândia, desempregado e que estava em situações precárias com seus 4 filhos. "Eu me coloquei no lugar dele. Pensei: como poderíamos trazer pessoas desempregadas e preocupadas com a própria sobrevivência, para unir à nossa defesa ao meio ambiente? Foi daí que surgiu a ideia." relata Britto nas palestras que faz em Araguari e Uberlândia sobre o projeto em prol das Veredas.

"Outro rapaz me disse que sobrevivia graças às derrubadas dos buritizeiros para arrancar as folhas e fazer vassouras. Eu tive duas opções: ficar sentado e publicar os fatos na internet ou ir à luta e dar iniciativa à um projeto que mudasse as condições das pessoas necessitadas e, ao mesmo passo, ajudasse o meio ambiente" completa o ativista.

Existem vários projetos no Brasil que se iniciam por acontecimentos pessoais e muitas vezes, pela necessidade de uma determinada ocupação ou remuneração. De qualquer forma, o projeto das veredas ganhou o mérito social pela magnífica persistência com o projeto e com a credibilidade depositada pelos ativistas e apoiadores das causas.

Parabéns à todos os parceiros!!!

29 de abr. de 2017

Carta à Baleia Azul

Foto: fotógrafo desconhecido

"Não sei se tens a mente perturbada, cheia de medos e vícios indestrutíveis, mas que estás vivas, estás! Sem dúvida alguma. Essa onda de inventarem jogo suicida, destruidor e perturbador às menores idades é uma verdadeira blasfêmia diante de sua maestria. Eis que logo vejo o azul do céu refletir seu azul do mar, tal como reflete o azul de seu imenso tamanho sem ao menos transparecer estar confusa ou com indícios de auto-destruição. 

Nada como a constatação natural para mostrar às pessoas que a vida é mais bela do que pode e parece ser. Estar viva é demonstrar a todos que se julgar inválido, ainda que em espécie diferente, é um ato repugnante e vazio. Não tem necessidade incluírem tua forma, tua cor e te citarem em capas de manchetes extravagantes para demonstrarem que, de fato, estão correndo risco de vida. 

Essa humanidade já está perdida o suficiente para questionarem seus próprios medos, analisar seus receios e driblar cada suor frio de pavor e desespero. Não tens nada a ver com essa dor. Dor alheia sem sentido não trás lucros a ninguém. Creia que a água que te banha te faz mais forte do que o normal, já que para nós a água é um recurso necessário e desprezado. 

Os cortes nos pulsos, os desafios de alturas ou qualquer atividade medonha que eles façam, não chegam nem na metade da sensação libertadora que você tem em criar seus filhotes na bacia do mundo ou navegar durante as tempestades quase encostando no fundo do mar...

Azul acrílico, ondas flamejantes e brilhosas, véus de ventos nas cartilagens e peles de teu ser gritando perfeição... 

Não seja severa. 
Não arrisque sua imagem diante dessas alegações. 

Afinal, se eles querem o fim, você tens apenas o começo da vida. 

#NãoAoJogoBaleiaAzul #SimÀVida 



29 de mar. de 2017

Mortes da fauna

Imagem: Retirada do site baixaki


O que falar quando todos nós já sabemos sobre a enorme escala de crescimento de mortes de animais que causaram sua extinção? É tanta peculiaridade do meio ambiente que até casos de morte urbana (onde os animais ainda não estão extintos) provocam questionamentos acerca do que ainda nos ou lhes restam. Recentemente dois macacos (micos) morreram em Belo Horizonte, no campus II do CEFET em Minas Gerais. Até o momento, referem à morte de um deles por Febre Amarela. Vejam só! 

Todos os casos de mortes de animais silvestres na capital, geralmente são por surtos e doenças sem tratamento. Um caso clássico de surto de infecção foi o que ocorreu no Rio de Janeiro em outubro de 2016, onde cerca de 10 macacos pregos foram encontrados mortos e alguns macacos-estrela. Mas infelizmente, existem muitos casos em diversos lugares do país onde a morte, por exemplo do mico, ocorre pelo tráfico, pela tortura, por envenenamento e/ou pela caça. 

A maior tristeza de ativistas - aqueles mesmos que são repudiados no Congresso Nacional, que são apedrejados e chamados por nomes ofensivos - é a trágica realidade de que os animais estão cada vez mais ameaçados. Principalmente a fauna urbana que, recentemente, foi tema da publicação do jornal Estado de Minas sobre o índice de animais reintegrados à natureza, depois de passarem na mão de traficantes. A presença das pessoas nos seus habitas naturais tem levado os pobres animais ao meio urbano, dentre eles o tamanduá-mirim

E por falar em tráfico, para rechear a imensa história e casos de horror da nossa fauna, eis o recente fato que ocorreu em Ribeirão das Neves - MG, onde a Polícia Ambiental encontrou na casa de um traficante de aves, mais de 60 pássaros presos em gaiolas com sinais de maus tratos, provavelmente para vender à outros traficantes ou para os imundos que fomentam esse ato selvagem. 

Está cada dia mais inadmissível o regresso do ser humano com a fauna. Os animais estão morrendo e ninguém consegue enxergar as consequências de suas mortes. Os leigos que me perdoem, mas criticar capivaras, falar de patas e doenças de pombos e reclamar da quantidade de animais abandonados nas ruas, já saíram do senso comum à décadas! O eixo agora é tratar sobre a legislação ambiental que não atua de forma rígida nos casos menos espantosos e tratar sobre a imprudência das pessoas diante de tamanhas situações. Porque cá entre nós, fazer campanha no Facebook, compartilhar vídeos e viralizar "hastags", infelizmentenão funciona. 


Escrito por Brenda Suelen

22 de mar. de 2017

Carta à Serra do Rola Moça

Foto: Retirada do site Instituto Estadual de Florestas (IEF).

"Querido Parque Estadual Serra do Rola Moça, posso dizer que estou encantada com tantas maravilhas que possui. Não sei se começo a falar das aves ou se começo pelos mananciais. Acredito que quando estás sozinho, calado e debaixo do sol do meio dia, você está aí ouvindo os barulhinhos das folhas do chão, dos cantos do Baiano e apreciando a água bater nas pedras mais rústicas e brilhosas. Eu pesquisei sobre você e mal posso esperar para encostar minhas mãos nos galhos do seu corpo e sentir o vento que percorre seus picos e altos relevos. Não sei qual será minha sensação ao estar perto de você, vendo seu tesouro que prevalece tão distante, mas sei que vou tentar encontrar as suas orquídeas, o Carrapateiro e o Casaca-de-Couro-da-Lama. Vou fechar os olhos e sonhar que a Coruja-Buraqueira veio pousar do meu lado, piscando seus olhos lentamente enquanto eu sentia os fios das folhas do mato encostar às plantas dos meus pés. 

Quero encontrar o Fim-Fim, o Pássaro-Preto e o João-de-Barro. Quero sentar embaixo do Barbatimão - a árvore que eu também pensei em fazer uma carta - e tomar água gelada. Quero sentir-me uma senhorita "Lampião", com roupas de cores escuras, bolsas pesadas e implorando por um aconchego da mãe natureza. Quero acariciar um Pia-Cobra ou um Rabo-Mole-da-Serra. Quero contar as cores do Tico-Tico e brincar de "cor sim - cor não" com o Saí-Azul. Querido parque, vou estar aí em breve. Mesmo sem pisar no teu acervo, apreciar seus verdes que mudam de tom a cada passo, sei que és maravilhoso, exuberante e excêntrico. Estou ansiosa. Quero beijar tua rochas, abraçar seus troncos, banhar meus braços de tua água cristalina. Quero encostar a palma da mão no Urucum, olhar para o céu e ver o Mico-Estrela balançando de felicidade na árvore. Quero viver do teu lado. Quero conhecer tudo. 

Peço por favor, querido parque, abra teu mar verde para mim."

*Nomes em negrito retirados do Livro "BH Nossa Natureza" de Tiago Degaspari



Escrito por Brenda Suelen


10 de mar. de 2017

Esperança em meio aos cortes

Imagem: fotógrafo desconhecido.

As pessoas - mesmo com tantos informativos, campanhas e publicações em sites e revistas sobre a crise ambiental que o mundo vive e com tantas informações sobre desastres ambientais que podem surgir -  parecem que querem continuar sendo teimosas e inconsequentes. Não tem nada mais desprazeroso do que ver pessoa aqui ou pessoa ali, acabar cortando uma árvore pequena ou grande, por causa de alguma obra fútil ou pelo fato de não aceitarem o cair de suas folhas. Os filhos, algum dia, acabam chegando tarde em casa e ninguém sai cortando seus pés por isso. 

O fato é que o desmatamento é real. Ele existe na Amazônia (Floresta Mulata), na Caatinga (Floresta Negreiros), No Cerrado (Floresta Mata Grande), na Argentina, nos EUA e no Canadá. Existe desmatamento em qualquer lugar. Já virou costume. E muito negativo por sinal. O desmatamento também é regional e não é a primeira vez que faço abordagem sobre problemas regionais aqui no blog. A realidade dos bairros e cidades é justamente essa: o fato de que ninguém pune, vigia ou protege e isso acaba gerando prejuízos para os pequenos pólos ambientais do local. 

Agora pense na possibilidade do seu bairro não ter, sequer, uma árvore mais. Seu tio (exemplo) cortou porque caiam folhas do pé de manga no quintal dele; ou seu pai que teve que cortar a jabuticabeira que você tanto gostava, porque caiam frutas no chão e sua mãe já não aguentava mais limpar aquilo todo santo dia; dentre outras situações que podem fazer com que essa onda de corte de árvores seja em massa na sua região. 

Agora eu pergunto, quando começar cair chuva de fininho, enquanto você espera o ônibus, cadê aquela árvore enorme do ponto de ônibus que tinha lá e que sempre dava para evitar algumas gotas antes do temporal? 

O crescimento de desmatamento, queimadas e cortes pequenos no Brasil pode ter triplicado. Mas segundo Steven Levitt, economista e autor do livro "Freakonomics", sempre há um incentivo para se conseguir a realização de algo que é principal, ou seja, há possibilidade também do desmatamento reduzir caso ocorra uma greve nacional ou qualquer nova lei que proíba rigorosamente todo aquele que desmatar. Não seria um bom "incentivo" para que todo mundo visse a importância disso?

Agora você deve estar pensando que não existem tantas árvores nas regiões. Apenas algumas unidades distribuídas entre casas, condomínios, parques ou clubes. E também deve estar afirmando que, já que são poucas, a sua retirada não afetaria tão gravemente e diretamente ao meio ambiente e ao clima. 

Então eu pergunto: Será? 


Escrito por Brenda Suelen 

15 de fev. de 2017

Ativismo Online: Canal "Conservação Internacional" e as personalidades apoiadoras

Imagem: retirada do canal do Youtube "Conservação Internacional". 

Vejam só: a bela paisagem, o lindo horizonte pairando em apenas uma simples foto. É tão sublime que me faz até perder, por segundos, o motivo pelo qual decidi escrever sobre os vídeos do canal "Conservação Internacional" que vi no YouTube. Ainda não consegui saber quem foi o(a) idealizador(a) desses vídeos que contam com a participação de vários artistas. Personalidades exclusivas e populares que dão mais graça e delicadeza para um assunto tão sério: O  Meio Ambiente. 

Essa foto acima é do vídeo em que o ator Thiago Lacerda dubla como o papel da montanha. E antes a beleza toda parasse por aí. Tem Camila Pitanga como "A Amazônia", Juliana Paes como "A Flor", Pedro Bial como "A Floresta", Maria Bethânia como "A mãe natureza", Rodrigo Santoro "O oceano" - um dos meus favoritos -; Maitê Proença como "A Água", Lenine como "O céu" dentre outros artistas sublimes. 

A vontade que dá é de compartilhar com os céus e mares que as pessoas, as que possuem visibilidade nacional, estão agregando a fama para algo que possivelmente traga resultados e conscientizações ao povo brasileiro. E nessa de fazer vídeos com mensagens fortes, emocionantes e com alertas futuros, o Brasil vai ganhando um destaque especial para o ativismo ambiental, seja ele de forma prática - nas ruas, no Congresso, no interior - como na teoria - nos livros, nos sites, no Youtube ou nos blogs, claro. 

Tudo tem um "motivo-núcleo" para existir e isso não muda com a gente. Dentre várias formas de protestar a degradação, as queimas e desmatamento, as caças e outras barbaridades ocorridas, principalmente, pelo impacto humano na natureza, temos que levar em conta a relevância que isso tem na sociedade e nos momentos que a reivindicação for testada ou questionada. Como diz uma conhecida frase: "Agora que estamos vestindo a camisa" que então, vamos vestir de forma certa, determinada. Parabéns à todos os artistas que participam desses lindos filmes e aos ativistas que deram início a eles.

Escrito por Brenda Suelen

27 de jan. de 2017

Queimas regionais: retrato explícito dos maus costumes

Imagem: fotógrafo desconhecido.

Eu sempre falei nos encontros de ativistas e com os amigos do interior que as pessoas sempre se queixam sobre o desmatamento, a poluição e a falta de água, mas não se dão conta que o exemplo surge dentre elas mesmo. Um problema que vejo persistir muito aqui na capital de Minas Gerais são as queimas regionais. E meu olho enche d'água para falar disso. 

Tente visualizar a seguinte cena: você está andando a cerca de 40 minutos debaixo de um sol quente de 32ºC, esperançoso(a) em chegar em casa e beber muita água gelada. No meio do caminho, você vê um sujeito atirando fogo em uma pilha enorme de pneus e matos em um terreno baldio. E aquela fumaça enorme vindo em sua direção, te causando tosse e espirros e sentindo mais e mais calor por causa dessa atitude desnecessária e poluente. Não seria um momento desagradável? 

Infelizmente, existem vários bairros e cidades que não fazem fiscalização sobre essas queimas. E falo não só de pneus e madeiras que são descartadas, mas também de árvores e animais mortos. Com toda tecnologia a nossa disposição, procurar alguém ou lugar onde podem reciclar objetos velhos pode ser a coisa mais fácil e legal de se fazer. Mas os "ignorantes de plantão" - e me perdoem por essa expressão - preferem poluir do que pensar. É fato que estamos falando de coisas que passam à margem do ativismo. É raro ver alguém empilhar as coisas e sair atirando fogo sem saber, ao menos, quais consequências vão surgir por essa ação, como por exemplo atingir alguma fiação de luz ou causar o tombo de árvores em ruas movimentadas. É inconsequente! 

Daí, se isso fosse regularizado, de forma certa e no lugar certo, provavelmente as pessoas não achariam comum qualquer senhorio de esquina fazer o estrago que ele acredita ter o direito. Desde meus 15 anos, quando senti na pele o gosto ruim da fumaça, embaçando minha vista e ver cair folhas de papel queimadas no chão do lote da minha casa mais do que neve, foi o momento que percebi que as atitudes do homem servem de exemplo tanto para o certo quanto para o errado. E o Brasil, que a cada minuto passa a ser mais tropical do que de costume, com calor chegando a queimar os olhos, fazendo até calango queimar a cauda no asfalto, a queima não deveria nem existir nas mentes das pessoas. 

Esse é um exemplo mínimo do que acontece em matas e reservas abandonadas entre muitos outros lotes e áreas de preservação não vigiadas. Um retrato infame de atentado contra o equilíbrio do clima e a preservação do sistema ambiental. Tanta coisa acontecendo, que falar disso parece nem importar. É simplesmente trágico!


Escrito por Brenda Suelen.

17 de jan. de 2017

O gosto amargo do barro.


Foto: Carlos Dório Costa/ Arquivo G1)

Se me falarem que os peixes mordem o anzol pensando que era minhoca eu acredito, mas nunca acreditaria que o barro tem sabor doce como o próprio nome do rio. Depois dos rejeitos percorrerem a extensão fluvial do Rio Doce, ter peixes em vida no rio São Francisco, no das mortes, das almas ou qualquer outro rio parece até injustiça. Li uma vez no livro de Luciana Caetano da Silva que até os peixes (aqueles que estão tristemente em abundância nos açougues e na mesa de jantar de várias famílias) também estão supostamente ameaçados de extinção. 

É que a pesca não respeita o período de acasalamento e reprodução dos bichinhos e por isso, a piranha, a sardinha, o salmão ou outros populares peixes podem se ausentar da nossa história. É trágico pensar nessa barbárie. 

Eu nunca cheguei na hora do almoço dos meus tios e escancarei que o bendito animal era como o porco ou o boi que eram mortos e que mereciam viver. Nunca gritei mas eu sentia. E no Rio Doce, o gosto amargo do barro pode estar em processo de digestão dentro dos estômagos mortos dos peixes que ficaram entalados na lama ou nas beiras do rio. O gosto da boca do animal vendo a água, outrora azul ou verde água, ficar marrom com folhas e pedras chegando lentamente, carregando história e ocupando o espaço tão bom deles, deve ser como chocolate amargo estragado! Nem eu queria ter sido peixe pra ver com olhos arregalados a tristeza de presenciar isso. 

Mesmo que eles reconstruam, limpem e voltem a ostentar o Rio Doce no Brasil, como se nada tivesse acontecido, o sufoco passado pelos animais que dormiam silenciosamente na bacia nunca terá preço. Foi irresponsabilidade e me sinto culpada só de ser da mesma espécie responsável pelo desastre. Não houve uma pessoa que não sentiu no pulmão a dor de ver os noticiários falando sobre a petulância de uns e dedicação de outros. Foi marcante. 

E fica assim... 
O Rio Doce lá, esperando tudo acabar. 
Mas ninguém se dá conta que a cicatriz dos rejeitos vão ter sempre gosto ruim na memória de homens e no coração de animais. 


Escrito por: Brenda Suelen



12 de jan. de 2017

Carta à Down Brancheau

Imagem: Fotógrafo desconhecido



"Oi querida treinadora!
Eu sei que te devo mil desculpas, mas na verdade só peço que me entenda onde quer que você esteja. Sabe, ter vivido no Canadá e depois Orlando por vários anos não foi fácil. As vezes eu gostava de brincar com você e me exibir para as pessoas, mas também entendia como se fosse um abuso. Tem sempre um dia que a gente acorda de mau humor, não é mesmo? Bom, isso me aconteceu. Naquele bendito ano de 2010, você estava no auge da carreira como treinadora de uma orca popular e amada. Eu também queria fazer parte dessa fama, mas não porque fui adestrada e sim porque a natureza me fez entrar em sintonia com a humanidade. 

Down, Deus fez os animais para entrarem em harmonia com os homens. Infelizmente, sua espécie depois de ter pisado na supostamente "inalcançável" lua, começou a se sentir raça dominadora com direitos superiores às demais espécies. Foi aí que tudo começou a dar errado. O circo, hoje, é um entretenimento que envolve animais sendo forçados a praticar ações que não nasceram para fazer. Seria mais fácil para você entender, se por acaso te amarrassem no chão e pedissem para você latir e buscar a bolinha. Não tem imagens mais fortes do que os cães desnutridos de Nova Jersey ou os abatedouros e fábricas de itens de couro dos meus amigos jacarés. Tive pesadelos com tortura dos macacos da África e com a caça de marfim no Afeganistão. Foi por esses e outros motivos que naquele dia, perdi o controle do meu instinto animal - que aliás é do meu natural dever - e acabei te mandando para os altos e infinitos céus. 

Treinadora, saiba que hoje já paguei meu preço. Por hoje estar morto, provavelmente vamos voltar a nos ver e brincarmos entre as águas como antes. Mas dessa vez, quando eu quiser dormir um pouco mais, você deixa tá? 

Para a sua espécie, a morte me foi um castigo. Para minha espécie, foi um sacrifício. 
Essa é a nossa real diferença. 

Espero que entenda que a essência dos animais não nos tornam diferentes e vulneráveis aos homens, mas ao contrário, é o elo entre o espírito e o motivo pelo qual Deus nos criou em tamanhos e formatos diferentes.

Com carinho,

Tilikum - Orca." 


Escrito por Brenda Suelen