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Frase do mês

"Somente no dia que o homem matar a última árvore e poluir o último rio, é que ele perceberá que não se vive apenas com dinheiro."

Provérbio Indígena.

29 de mar. de 2017

Mortes da fauna

Imagem: Retirada do site baixaki


O que falar quando todos nós já sabemos sobre a enorme escala de crescimento de mortes de animais que causaram sua extinção? É tanta peculiaridade do meio ambiente que até casos de morte urbana (onde os animais ainda não estão extintos) provocam questionamentos acerca do que ainda nos ou lhes restam. Recentemente dois macacos (micos) morreram em Belo Horizonte, no campus II do CEFET em Minas Gerais. Até o momento, referem à morte de um deles por Febre Amarela. Vejam só! 

Todos os casos de mortes de animais silvestres na capital, geralmente são por surtos e doenças sem tratamento. Um caso clássico de surto de infecção foi o que ocorreu no Rio de Janeiro em outubro de 2016, onde cerca de 10 macacos pregos foram encontrados mortos e alguns macacos-estrela. Mas infelizmente, existem muitos casos em diversos lugares do país onde a morte, por exemplo do mico, ocorre pelo tráfico, pela tortura, por envenenamento e/ou pela caça. 

A maior tristeza de ativistas - aqueles mesmos que são repudiados no Congresso Nacional, que são apedrejados e chamados por nomes ofensivos - é a trágica realidade de que os animais estão cada vez mais ameaçados. Principalmente a fauna urbana que, recentemente, foi tema da publicação do jornal Estado de Minas sobre o índice de animais reintegrados à natureza, depois de passarem na mão de traficantes. A presença das pessoas nos seus habitas naturais tem levado os pobres animais ao meio urbano, dentre eles o tamanduá-mirim

E por falar em tráfico, para rechear a imensa história e casos de horror da nossa fauna, eis o recente fato que ocorreu em Ribeirão das Neves - MG, onde a Polícia Ambiental encontrou na casa de um traficante de aves, mais de 60 pássaros presos em gaiolas com sinais de maus tratos, provavelmente para vender à outros traficantes ou para os imundos que fomentam esse ato selvagem. 

Está cada dia mais inadmissível o regresso do ser humano com a fauna. Os animais estão morrendo e ninguém consegue enxergar as consequências de suas mortes. Os leigos que me perdoem, mas criticar capivaras, falar de patas e doenças de pombos e reclamar da quantidade de animais abandonados nas ruas, já saíram do senso comum à décadas! O eixo agora é tratar sobre a legislação ambiental que não atua de forma rígida nos casos menos espantosos e tratar sobre a imprudência das pessoas diante de tamanhas situações. Porque cá entre nós, fazer campanha no Facebook, compartilhar vídeos e viralizar "hastags", infelizmentenão funciona. 


Escrito por Brenda Suelen

22 de mar. de 2017

Carta à Serra do Rola Moça

Foto: Retirada do site Instituto Estadual de Florestas (IEF).

"Querido Parque Estadual Serra do Rola Moça, posso dizer que estou encantada com tantas maravilhas que possui. Não sei se começo a falar das aves ou se começo pelos mananciais. Acredito que quando estás sozinho, calado e debaixo do sol do meio dia, você está aí ouvindo os barulhinhos das folhas do chão, dos cantos do Baiano e apreciando a água bater nas pedras mais rústicas e brilhosas. Eu pesquisei sobre você e mal posso esperar para encostar minhas mãos nos galhos do seu corpo e sentir o vento que percorre seus picos e altos relevos. Não sei qual será minha sensação ao estar perto de você, vendo seu tesouro que prevalece tão distante, mas sei que vou tentar encontrar as suas orquídeas, o Carrapateiro e o Casaca-de-Couro-da-Lama. Vou fechar os olhos e sonhar que a Coruja-Buraqueira veio pousar do meu lado, piscando seus olhos lentamente enquanto eu sentia os fios das folhas do mato encostar às plantas dos meus pés. 

Quero encontrar o Fim-Fim, o Pássaro-Preto e o João-de-Barro. Quero sentar embaixo do Barbatimão - a árvore que eu também pensei em fazer uma carta - e tomar água gelada. Quero sentir-me uma senhorita "Lampião", com roupas de cores escuras, bolsas pesadas e implorando por um aconchego da mãe natureza. Quero acariciar um Pia-Cobra ou um Rabo-Mole-da-Serra. Quero contar as cores do Tico-Tico e brincar de "cor sim - cor não" com o Saí-Azul. Querido parque, vou estar aí em breve. Mesmo sem pisar no teu acervo, apreciar seus verdes que mudam de tom a cada passo, sei que és maravilhoso, exuberante e excêntrico. Estou ansiosa. Quero beijar tua rochas, abraçar seus troncos, banhar meus braços de tua água cristalina. Quero encostar a palma da mão no Urucum, olhar para o céu e ver o Mico-Estrela balançando de felicidade na árvore. Quero viver do teu lado. Quero conhecer tudo. 

Peço por favor, querido parque, abra teu mar verde para mim."

*Nomes em negrito retirados do Livro "BH Nossa Natureza" de Tiago Degaspari



Escrito por Brenda Suelen


10 de mar. de 2017

Esperança em meio aos cortes

Imagem: fotógrafo desconhecido.

As pessoas - mesmo com tantos informativos, campanhas e publicações em sites e revistas sobre a crise ambiental que o mundo vive e com tantas informações sobre desastres ambientais que podem surgir -  parecem que querem continuar sendo teimosas e inconsequentes. Não tem nada mais desprazeroso do que ver pessoa aqui ou pessoa ali, acabar cortando uma árvore pequena ou grande, por causa de alguma obra fútil ou pelo fato de não aceitarem o cair de suas folhas. Os filhos, algum dia, acabam chegando tarde em casa e ninguém sai cortando seus pés por isso. 

O fato é que o desmatamento é real. Ele existe na Amazônia (Floresta Mulata), na Caatinga (Floresta Negreiros), No Cerrado (Floresta Mata Grande), na Argentina, nos EUA e no Canadá. Existe desmatamento em qualquer lugar. Já virou costume. E muito negativo por sinal. O desmatamento também é regional e não é a primeira vez que faço abordagem sobre problemas regionais aqui no blog. A realidade dos bairros e cidades é justamente essa: o fato de que ninguém pune, vigia ou protege e isso acaba gerando prejuízos para os pequenos pólos ambientais do local. 

Agora pense na possibilidade do seu bairro não ter, sequer, uma árvore mais. Seu tio (exemplo) cortou porque caiam folhas do pé de manga no quintal dele; ou seu pai que teve que cortar a jabuticabeira que você tanto gostava, porque caiam frutas no chão e sua mãe já não aguentava mais limpar aquilo todo santo dia; dentre outras situações que podem fazer com que essa onda de corte de árvores seja em massa na sua região. 

Agora eu pergunto, quando começar cair chuva de fininho, enquanto você espera o ônibus, cadê aquela árvore enorme do ponto de ônibus que tinha lá e que sempre dava para evitar algumas gotas antes do temporal? 

O crescimento de desmatamento, queimadas e cortes pequenos no Brasil pode ter triplicado. Mas segundo Steven Levitt, economista e autor do livro "Freakonomics", sempre há um incentivo para se conseguir a realização de algo que é principal, ou seja, há possibilidade também do desmatamento reduzir caso ocorra uma greve nacional ou qualquer nova lei que proíba rigorosamente todo aquele que desmatar. Não seria um bom "incentivo" para que todo mundo visse a importância disso?

Agora você deve estar pensando que não existem tantas árvores nas regiões. Apenas algumas unidades distribuídas entre casas, condomínios, parques ou clubes. E também deve estar afirmando que, já que são poucas, a sua retirada não afetaria tão gravemente e diretamente ao meio ambiente e ao clima. 

Então eu pergunto: Será? 


Escrito por Brenda Suelen