O que falar quando todos nós já sabemos sobre a enorme escala de crescimento de mortes de animais que
causaram sua extinção? É tanta peculiaridade do meio ambiente que até casos de
morte urbana (onde os animais ainda não estão extintos) provocam
questionamentos acerca do que ainda nos ou lhes restam. Recentemente dois
macacos (micos) morreram em Belo Horizonte, no campus II do CEFET em Minas
Gerais. Até o momento, referem à morte de um deles por Febre
Amarela. Vejam só!
Todos os casos de mortes de animais
silvestres na capital, geralmente são por surtos e doenças sem tratamento. Um
caso clássico de surto de infecção foi o que ocorreu no Rio de Janeiro em
outubro de 2016, onde cerca de 10 macacos pregos foram encontrados mortos e
alguns macacos-estrela. Mas infelizmente, existem muitos casos em diversos
lugares do país onde a morte, por exemplo do mico, ocorre pelo tráfico, pela
tortura, por envenenamento e/ou pela caça.
A maior tristeza de ativistas - aqueles
mesmos que são repudiados no Congresso Nacional, que são apedrejados e chamados
por nomes ofensivos - é a trágica realidade de que os animais estão cada vez
mais ameaçados. Principalmente a fauna urbana que, recentemente, foi tema da
publicação do jornal Estado de Minas sobre o índice de animais reintegrados à
natureza, depois de passarem na mão de traficantes. A presença das
pessoas nos seus habitas naturais tem levado os pobres animais ao meio urbano,
dentre eles o tamanduá-mirim.
E por falar em tráfico, para rechear a
imensa história e casos de horror da nossa fauna, eis o recente fato que
ocorreu em Ribeirão das Neves - MG, onde a Polícia Ambiental encontrou na casa
de um traficante de aves, mais de 60 pássaros presos em gaiolas com sinais de
maus tratos, provavelmente para vender à outros traficantes ou para os imundos
que fomentam esse ato selvagem.
Está cada dia mais inadmissível o regresso
do ser humano com a fauna. Os animais estão morrendo e ninguém consegue
enxergar as consequências de suas mortes. Os leigos que me perdoem, mas
criticar capivaras, falar de patas e doenças de pombos e reclamar da quantidade de
animais abandonados nas ruas, já saíram do senso comum à décadas! O eixo agora é
tratar sobre a legislação ambiental que não atua de forma rígida nos casos
menos espantosos e tratar sobre a imprudência das pessoas diante de tamanhas situações. Porque cá entre nós, fazer campanha no Facebook, compartilhar vídeos e
viralizar "hastags", infelizmente, não funciona.
Escrito por Brenda Suelen