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Frase do mês

"Somente no dia que o homem matar a última árvore e poluir o último rio, é que ele perceberá que não se vive apenas com dinheiro."

Provérbio Indígena.

6 de jun. de 2017

À paisagem do "Pontilhão" no Funil



Foto: Mário Faccion - via Facebook. 

Mário Campos é uma cidade tão pequena que parece passar despercebida entre Sarzedo e Ibirité. Aliás, em três ou quatro esquinas já se sente perdido diante verdes e árvores que marcam o chão. Ali, bem na entradinha de Brumadinho, tem uma ponte. Ponte grande, ponte extensa, pontilhão (foto). Dá medo só de olhar imagine quando você anda sobre ela. Ela treme e balança para os lados, mas os cabos de aço provam que podem te aguentar. Essa sensação eu senti no dia 03 de junho, quando estava acompanhada do meu parceiro, andando pelas trilhas de minério socado por volta das treze horas do 'sabadão'. Era meu último fim de semana de férias e as maravilhas do local foram reservadas para meu doce ver, com direito a molhar pés, braços e rosto com aquela água "limpa-suja". 

A sensação de olhar o grande rio Paraopeba foi melhor do que molhar meus pés nele, o que também foi magnífico. Pedras cor grafite e barro entre elas fez os nossos olhos reluzirem diante tamanha perfeição da natureza. Ali, bairro "Funil", rota de caminhoneiros que transportam minério para cima e para baixo, têm um aroma gostoso de água com correnteza e cheiro de asas de pássaro. Não vi jacaré, não vi cobra, nem vi animal algum. Digo, animal feroz! Ali tem peixinho, tem pássaro preto e branco e um barulho atentador de água com pressa.

Um pouco mais para trás, indo para o centro de Mário Campos, tem espaço para descer à margem do "Paraopeba River" - como o Instagram o localiza - e de lá ver a trilha do trem que leva o minério. Você sente cheiro de amor mas de tristeza, porque ali tem traços de escritas urbanísticas e descaso com o ambiente. No fim das contas, é verde, é natural e ecológico. É um retrato da natureza beirando algumas estradas vazias. Bem naquele ponto, no funil, a entrada é calada. Quem passa rápido nem vê. Mas quem conhece as belezas de onde vive, acorda cedo, toma café e leva um dia (quase inteiro) para admirar aquela paisagem. 

Pense em um amor novo... 
Amor que te faz perder medo e o chão,
Um amor que transmite coragem e admiração...
Amor alto e verde chamado "pontilhão". 




Dedico esta publicação à Mário Faccion, meu companheiro, que me presenteou com uma visita ao rio Paraopeba no Funil. (Maio/2017)